A Festa de Iemanjá: o espetáculo na vitrine

Publicado
2016-11-30

    Autores/as

  • Maria Isabel Costa Menezes da Rocha Universidade Federal da Bahia
  • Milene Migliano Universidade Federal da Bahia

Resumen

A cidade de Salvador apresenta diversas festas de santos padroeiros e orixás homenageados ao longo do ano. Conhecidas como  “Festas de Largo”, são momentos de encontros entre o sagrado e o profano, entre católicos e o povo-de-santo, entre o ritual, o espetáculo e a diversão. Estas festas são consideradas patrimônio imaterial, símbolos identitários de Salvador, e também da Bahia de Todos os Santos.

Ao assumir uma manifestação cultural como identitária de uma cidade, de um povo, antes de coloca-lá na vitrine para o mundo ver e desejar pertencer (a)aquilo, é realizada a prática de uma estetização estratégica de tal manifestação por parte do poder público, em consonância com os anseios de empresas diretamente envolvidas e que podem vir a se beneficiar do novo negócio. Para responder à pergunta “políticas (urbanas) de matriz identitária podem ser estrategicamente planejadas?” (Arantes, 2000, p.14), vemos acontecer a ordenação da festa, como a dedicada a Iemanjá, em Salvador.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Citas

ARANTES, O.; et alli (2000). A cidade do pensamento único: Desmanchando consensos. 6ª edição. Petrópolis: Editora Vozes, 2011.

BENJAMIN, W. Obras Escolhidas Vol. I – Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo: Editora Brasiliense, 1996.

JACQUES, P. B. Patrimônio cultural urbano: espetáculo contemporâneo? Salvador: Revista de Urbanismo e Arquitetura, vol. 06, n° 01, 2003.

JEUDY, H.-P. Les usages sociaux de l’art. França: Ed. Circé/ poche,1999.

LANDES, R. A cidade das mulheres. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.

NINA RODRIGUES, R. (1896). O animismo fetichista dos negros bahianos. Salvador, BA: P555, 2005.

SERRA, O. (1999). Rumores de festa: o Sagrado e o Profano na Bahia. 2ª edição. Salvador: Edufba, 2009.

SANTOS, E. C. M. Religião e espetáculo: Análise da dimensão espetacular das festas públicas do candomblé. Tese de doutorado. São Paulo: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social USP, 2005.

SANTOS, C. N. F.; et alli. Quando a rua vira casa: a apropriação de espaços de uso coletivo em um centro de bairro. Rio de Janeiro: Centro de pesquisas urbanas do Instituto Brasileiro de Administração Municipal, 1985.

Cómo citar
ROCHA, M. I. C. M. da; MIGLIANO, M. A Festa de Iemanjá: o espetáculo na vitrine. Revista Thésis, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, 2016. DOI: 10.51924/revthesis.2016.v2.31. Disponível em: https://thesis.emnuvens.com.br/revista-thesis/article/view/31. Acesso em: 9 nov. 2024.