O público e o privado em curto-circuito
atravessamentos entre arte e arquitetura no brasil no final dos anos 1960
Resumo
No final dos anos 1960, auge da repressão no período da ditadura militar, as produções artísticas e arquitetônicas no Brasil atingem uma radicalidade ímpar. A arquitetura brutalista da chamada “Escola Paulista”, liderada por Vilanova Artigas, passa a realizar obras residenciais austeras e obscuras, com pouca intimidade e privacidade, concebidas como se fossem equipamentos públicos. Ao mesmo tempo, o artista carioca Hélio Oiticica começa a construir seus trabalhos ambientais, nos quais a inclusão do corpo do espectador-participante promove uma grande subjetivação dos espaços públicos (museus e galerias) nos quais se instala. Tomando-se essas duas trajetórias comparativamente, percebemos que as linhas mestras das produções artística e arquitetônica no Brasil seguem caminhos opostos. Por outro lado, se equivalem no sentido de tensionar a linha de separação entre as esferas pública e privada.
Downloads
Métricas
Copyright
Copyright (c) 2023 Guilherme Wisnik, Eduardo Rocha
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.