Limites do monumento em campo ampliado

a produção de lugares outros de memória na contemporaneidade

Publicado
2023-12-29
Palavras-chave: monumento, campo ampliado, lugar de memória, heterotopia

    Autores

  • Fabiola do Valle Zonno

Resumo

O artigo apresenta uma reflexão sobre a condição contemporânea do “monumento”, partindo de seu conceito primeiro como “monere” – advertir, lembrar – e da possibilidade de sua apresentação “fraca”, “debil” (Solà-Morales), apresentando obras aproximáveis à condição “site specific” e em campo ampliado. Monumentos intencionais e intervenções em “lugares” de rememoração – sítios que possuem “valores” e significados, muitas vezes preexistências materiais - são selecionados por sua ênfase à proposição de experiências corporificadas e por incitarem à reflexão sobre a memória, em sentido público, de sensibilização e advertência. Dentre outras obras que tratam da memória da dor no segundo pós-guerra, apresenta a análise comparativa de Nameles Library (2000) de Rachel Whiteread, Field of Stelae em Berlim (2010) de Peter Eisenman e de Topografia do Terror em Berlim, tanto o projeto concebido em 1993 por Peter Zumthor como o projeto realizado de Ursula Wilms (2010), interpretando as obras como blocos e “solos” da memória a partir dos sentidos de “uncanny”, silêncio, terrain vague e heterotopia. Reconhecidos não só como monumentos, na condição do campo ampliado, os memoriais são valorizados como lugares outros de memória, por complexificarem os significados atribuídos ao passado, expondo os lugares da diferença.

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Como Citar
DO VALLE ZONNO, F. Limites do monumento em campo ampliado: a produção de lugares outros de memória na contemporaneidade. Revista Thésis, Rio de Janeiro, v. 3, n. 6, 2023. DOI: 10.51924/revthesis.2023.v3.420. Disponível em: https://thesis.emnuvens.com.br/revista-thesis/article/view/420. Acesso em: 9 nov. 2024.

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