Domesticidade, gênero e mediações na habitação social moderna brasileira, anos 1930-1950
Resumo
O artigo problematiza os discursos sobre as formas de morar nos conjuntos residenciais públicos construídos pelos Institutos de Aposentadorias e Pensões e pelo Departamento de Habitação Popular nos anos 1930 a 1950. Olhando para as mediações profissionais na ocupação e gestão dos espaços domésticos feitos pelas profissionais mulheres - notadamente as assistentes sociais - exploram-se as tensões entre a constituição do ideal de operária na condição de, ao mesmo tempo, dona de casa e trabalhadora, em face do ideal doméstico e das lutas por direitos femininos no Brasil. Discute-se o lugar da casa operária na conformação da produção estatal de habitação e na crítica às habitações populares e às formas de morar do pobre.
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